Tu .
Tu és a personagem principal de todos os meus sonhos, de todos os momentos que relembro, tu, estás sempre ali, em primeiro. Sinto-te como se ainda fosses meu. Sinto o teu suspiro em noites de angústia, sinto o teu calor, quando o meu corpo fica frio. Sinto-te cada vez mais a cada dia que passa, como se nunca tivesses ido.
Os sonhos parecem realidade, o impacto que criam, a imaginação que flui, sinto pormenor por pormenor, como se estivéssemos a viver o momento.
Todos eles começam de uma forma delicada, suave, carinhosa, e isso aumenta a cada acto, até que puff, parou, não vejo mais nada.
Pensando bem, os sonhos estão a mostrar o que aconteceu na realidade. Porque tudo foi vivido com a máxima intensidade, a que nos unia, e tudo acabou num abrir a fechar de olhos, exactamente como os sonhos, sem obter as razões e os motivos.
Quererá isto dizer algo? Fim, acabou mesmo? Cada vez estou mais confusa, mas solitária. Tento, mas não consigo perceber, não consigo arranjar explicação para o sucedido.
Será que o que é nosso nunca vai ter um fim? Ou será que isto é só para eu perceber que não vales mesmo a pena?!
Tudo isto é muito recente, tento esquecer-te, mas há sempre algo que me lembra tudo o que tu eras. Quero saber como estás, mas não o faço, pois sei que não me vais ouvir. Continuo a querer-te comigo, depois de tudo! Sou mesmo burra! Levo com os pés e mesmo assim continuo a preocupar-me contigo.
Tentei fazer isto durante algum tempo, mas tu, ficas-te sem coração e não retribuíste da mesma forma. Sinto-me inútil, por não conseguir mudar as tuas ideias, e chamar-te à razão. Sinto-me usada, era bonito, começas-te a gostar, viste que só queria a ti, usas-te e deitas-te ao lixo.
Não consigo perceber porque guardas tanto rancor de mim, se sabes que sempre fiz tudo por ti.
Se sempre foste assim, nunca me mostras-te.
Lamento, lamento mesmo, o facto de te teres tornado assim.

Ly.